quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Primeiras impressões: Xbox One ainda precisa provar a que veio

Primeiras impressões: Xbox One ainda precisa provar a que veio





oitava geração de videogames não é mais próxima, é a atual. Ela chegou e está entre nós! O Xbox One já é vendido no Brasil e, em breve, Wii U e PlayStation 4 também serão. Não falamos mais do futuro e sim do presente. Quando o assunto é Xbox One, falamos de um videogame de R$ 2,3 mil que é produzido no Brasil e pode ser encontrado em várias lojas.
Ainda não testamos o aparelho suficientemente para fazermos um review. Mas lemos muito do que a imprensa internacional escreveu, que já está com o videogame em mãos há um tempo considerável. E aqui compartilhamos as principais opiniões publicadas em relação ao console.

Design

O Xbox One é uma grande, robusta e elegante… caixa preta. Simples assim. “Ele é maior e mais imponente que o PS3 Slim, o PS4 e o Xbox 360 Slim, e briga de igual para igual com o Xbox 360 e o PS3 original”, diz o Kotaku.
Já o Polygon diz que sua aparência, apesar de grande, é “inofensiva” e ainda ressalta que ele funciona silenciosamente.

Reprodução 
Controle

Em time que ganha não se mexe? Talvez. A Microsoft tinha um grande desafio com o Xbox One: atualizar de forma inovadora o controle do Xbox 360, que já era muito elogiado.
Por isso, a empresa resolveu não mudar muito o seu produto. Fez apenas algumas mudanças: deixou os analógicos um pouco mais altos e menores, colocou a bateria para dentro do controle e, por fim, reformulou o D-Pad, que era o único ponto fraco de seu antigo controle.
Mas, o mais legal, é quando você coloca o controle para baixo e ele entra automaticamente em modo de economia de energia. Isso porque o Kinect reconhece automaticamente se você está empunhando ou não o acessório.
Outra novidade muito elogiada foram os motores independentes de vibração para os gatilhos. Em jogos de corrida, como Forza Motorsport 5, é possível sentir o freio ou a tração do pneu com mais precisão.

Reprodução 
Central de entretenimento

Enquanto a opinião geral diz que o PlayStation 4 é um console voltado exclusivamente a games, no caso do Xbox One todos ressaltam a ambição da Microsoft de dominar a sua sala com o Xbox One.
O videogame, junto com o Kinect, reconhece todo o ambiente, se conecta ao seus principais dispositivos e assume o controle de quase tudo. Para o bem ou o mal.
A ideia é que você possa navegar pelos seus dispositivos apenas conversando com o Kinect, que reconhece os mais variados comandos de voz.
O recurso “oferece mais o que eu considero um atalho opcional do que uma interface primária para navegação. Ele não ouve cada comando de voz perfeitamente, mas entende direito a maioria”, diz o Joystiq.
O Polygon concorda e ainda acrescenta que, naturalmente, quando há muitas pessoas no ambiente, é difícil o Xbox entender o que você fala. Outro pequeno incômodo: é necessário falar o nome completo do que quer jogar ou assistir. Por exemplo, ao invés de dizer “Jogar Ryse”, é necessário dizer: “Jogar Ryse: Son of Rome”.
“Depois de algumas semanas de testes em várias salas diferentes, eu diria que o Kinect do Xbox One funciona… cerca de 80% das vezes. Não é uma porcentagem terrível, mas não o suficiente para chamá-lo de confiável”, diz o Kotaku.
O lado bom é que quando funciona sem problemas, o Kinect é quase mágico. Você pode ligar sua televisão, seu notebook, sair de um jogo para assistir televisão… tudo apenas falando! Além isso, o Kinect reconhece automaticamente o rosto do indivíduo e já se sincroniza com o seu perfil.
Ainda vale lembrar que o Kinect continua comandando o videogame também por gestos. Além disso sua câmera e infravermelho estão mais poderosos e ele reconhece melhor os movimentos e o corpo das pessoas.
“É futurístico e realmente legal de um jeito que poucos videogames conseguem ser”, diz o Polygon.
“Em teoria, o Kinect representa uma abordagem fascinante e potencialmente revolucionária para a forma como interagimos com home theaters. Na prática, é uma melhoria geracional em relação ao seu antecessor do Xbox 360, mas ainda tem um longo caminho a percorrer”, pondera o Kotaku.
É possível conectar vários dispositivos -- até mesmo outros videogames -- diretamente na saída/entrada HDMI do novo Xbox, mas na maioria dos casos (principalmente ao conectar outros videogames), há lags.
Há ainda duas observações importantes a se fazer: por enquanto, o Xbox não tem nenhuma integração com as operadoras de televisão brasileiras; o Kinect entende comandos em português, mas, ainda não sabemos se o recurso funciona bem.

 Reprodução
Interface

A interface do Xbox One é muito semelhante ao Windows 8. Segundo o Polygon, “os blocos coloridos são muito mais fáceis para se navegar do que as páginas desorganizadas do Xbox 360. Há uma hierarquia muito mais fácil de se entender”.
Assim como no Windows 8, é possível personalizar a tela inicial com os aplicativos e conteúdos que quiser. Quando você faz login em outro Xbox, suas preferência são carregadas, como se você ainda estivesse no seu videogame.
Um dos principais recursos aqui é o Snap, que permite abrir um segundo aplicativo no canto direito da tela. Você pode jogar e ver o gol do seu time ao mesmo tempo, ou conversar pelo Skype com seu amigo.
“Infelizmente, a coisa toda é lenta e difícil de usar. Eu nunca vi um aplicativo em Snap deixar o jogo lento, mas algumas vezes os aplicativos em si têm um lag perceptível. Quando digitei uma URL no Explorer em modo Snap com o Forza 5, o teclado tinha um atraso bastante notável. Também é muito difícil dizer o que diabos é possível fazer em cada aplicativo em Snap, e alguns apps simplesmente não têm suporte para essa funcionalidade”, diz o Kotaku.
Há ainda o Smartglass, aplicativo de segunda tela do Xbox One, que permite você controlar o videogame pelo smartphpone ou tablet. O recurso foi elogiado. A imprensa diz que ele funciona sem muitos atrasos e é relativamente intuitivo.

 
Games

O Xbox One chega com três grandes e exclusivos games. Enquanto Ryse: Son of Rome recebe críticas medianas, ele funciona como uma boa vitrine do potencial gráfico da nova geração. Já Dead Rising 3 se mostra um jogo divertido e interessante, mas não espetacular. Forza 5 é o que mais tem sido elogiado, mantendo o legado de um dos principais simuladores de corrida do mercado.
Já os títulos independentes, como LocoCycle e Crimson Dragon foram duramente criticados e, provavelmente, são perda de tempo.

Conclusão

O Xbox One chega cheio de ideias boas e até mesmo revolucionárias, mas com uma execução longe da perfeição. A Microsoft ainda irá atualizar o sistema e o videogame, como fez várias vezes com o Xbox 360. No futuro saberemos se o Xbox One realmente dominará a sala de estar e se tornará a central de entretenimento das casas.
Ainda é necessário saber o que exatamente funcionará ou não no Brasil, principalmente em relação à integração com a televisão.
Assim como no caso do PlayStation 4, o Xbox One não parece ter nenhum jogo incrível, que justifique a compra do videogame neste momento.
O Xbox One transforma seu smartphone em um controle remoto, obedece sua voz, reconhece seu rosto, tem um bom controle, e muda o modo de consumir entretenimento.
A maior parte da imprensa considera o Xbox One, uma aposta, que depende dos futuros trabalhos da Microsoft. Por R$ 2,3 mil, talvez seja melhor esperar um pouco antes de sair apostando, principalmente após as falhas no drive de mídia óptica que já foram relatadas por alguns dos primeiros compradores.

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